Através da Altri Florestal, empresa que detém integralmente, a Altri tem cerca de 90,4 mil hectares de floresta sob intervenção. Atualmente, estes ativos garantem um nível de auto-abastecimento de cerca de 20% das necessidades de aprovisionamento da empresa.


A estratégia florestal da Altri assenta na otimização da capacidade produtiva florestal através da implementação de um modelo silvícola de longo prazo, capaz de garantir um nível de rentabilidade adequado, gerido de forma sustentável e assente na aplicação das melhores práticas florestais.


Simultaneamente, o desenvolvimento e a produção de material vegetal com uma elevada eficiência produtiva permitem a substituição gradual de povoamentos com baixa produtividade por outros mais produtivos.


A Altri assumiu igualmente como prioridade a conservação da biodiversidade, sobretudo em áreas com um valor ecológico considerado relevante. Neste sentido, áreas de baixa aptidão para o cultivo do eucalipto são frequentemente alvo de projetos de reconversão que visam restaurar a vegetação natural autóctone.


As atividades silvícolas desenvolvidas pela Altri Florestal constituem ainda uma alavanca para o desenvolvimento sustentável das economias regionais. A empresa aposta na contratação de serviços e mão-de-obra locais, contribuindo assim para o desenvolvimento económico e social das populações.

A Nossa Floresta

A floresta da Altri está localizada em Portugal continental e é predominantemente constituída por eucalipto, uma espécie que ocupa cerca de 80% dos 90,4 mil hectares da floresta sob gestão.




COMPOSIÇÃO DAS ÁREAS SOB GESTÃO

Desgregação por espécies
Eucalipto 80,3
Sobreiro 4,2
Pinheiro 2,4
Azinheira 0,7
Matos 6,4
Agrícolas 0,2
Aceiros 3,2
Outros 2,7
TOTAL 100

Embora distribuída por todo o País, a floresta está concentrada na região do Vale do Tejo. Esta localização predominante assenta numa lógica de otimização florestal, já que se concentra na área de influência das fábricas de pasta de papel da Altri.

Sem resultados

Investigação Florestal

A Investigação e desenvolvimento (I&D) florestal é um fator crítico de sucesso para a otimização da produção de pasta de papel, em termos de qualidade, de produtividade e de custos de produção. A Altri tem uma experiência acumulada de I&D florestal de mais de 40 anos em Portugal, sendo uma referência incontornável neste domínio.

A atividade de I&D florestal está organizada em três áreas fundamentais:

  1. Melhoramento genético: O programa de Melhoramento Genético teve início em 1965, com a seleção do eucalipto globulus para crescimento, densidade básica e conteúdo em celulose da madeira. Em 1987 o programa de melhoramento genético foi organizado em torno do Projeto D95, que foi continuado pelo Projeto 3D em 1997. Estes projetos focam no melhoramento contínuo do crescimento das plantações, diversidade genética e qualidade da madeira. Atualmente todas as plantações geridas pela Altri Florestal são estabelecidas com plantas melhoradas.
    • O Projeto D95 tinha como objetivo duplicar (D) as toneladas de pasta por hectare e ano produzidas nas plantações estabelecidas a partir de 1995 (“95”);
    • O Projeto 3D começou estruturado sobre o Projeto D95. Os seus três principais objetivos ou “dimensões” (“3D”) incluem:
    • Acréscimo da produtividade das plantações
    • Diversidade genética da população de melhoramento do eucalipto globulus
    • Qualidade da pasta.
  2. Gestão de Povoamentos e nutrição: A Altri tem investido fortemente nesta área, em colaboração com diversas instituições de investigação, no sentido de melhorar a sustentabilidade das plantações de eucalipto. Nesta área cabem projetos sobre técnicas de silvicultura, estudo de pragas e doenças e ajustamento de modelos de produção.
  3. Operações Florestais: Esta área de investigação diz respeito às técnicas e sistemas de silvicultura e exploração florestal, desde o estabelecimento das plantações até à entrega da madeira nas fábricas. O objetivo da I&D nesta área é a redução de custos, a redução dos impactes ambientais das operações florestais, bem como melhorar as condições de segurança.

Biodiversidade

A conservação da diversidade biológica, a utilização sustentável dos recursos e a repartição justa dos benefícios extraídos dessa utilização são valores preconizados pela Altri. Para a empresa, na sua qualidade de agente ativo na investigação e na gestão de florestas, a defesa da biodiversidade é também a sua própria defesa, pois a manutenção dos recursos, a sua utilização e reposição são elementos fundamentais para a sua própria salvaguarda.


Ao abastecer as suas unidades fabris com matéria-prima proveniente de florestas plantadas e geridas especificamente para este fim, a Altri contribui para a redução da exploração de florestas naturais com elevados níveis de biodiversidade.


A empresa definiu um conjunto de critérios e procedimentos para minimizar estes impactos, nomeadamente.


Política de abastecimento de madeira: a empresa avalia criteriosamente as fontes de madeira, atenuando desta forma o risco de fornecimentos provenientes de fontes controversas, nomeadamente no que diz respeito a florestas de alto valor de conservação, a desflorestações, madeira explorada de forma ilegal ou proveniente de regiões onde os direitos civis são violados.


Áreas de conservação e biodiversidade: foram identificadas no património florestal da Altri áreas de alto valor de conservação e biodiversidade, tal como áreas significativas com um elevado potencial para restauro ecológico. A sua gestão adequada dará um contributo relevante para a conservação e melhoria da biodiversidade existente, contribuindo deste modo para o objetivo europeu de travar a perda de biodiversidade.




Neste sentido, a Altri comprometeu-se a:
Promover o restauro e a conservação da biodiversidade
Desenvolver um modelo de gestão assente em princípios de valor acrescentado
Envolver de forma direta a comunidade e as autoridades locais
Promover a consciencialização junto de todos os seus stakeholders, incluindo os seus colaboradores de modo a que todos possam aderir aos princípios da defesa da biodiversidade
Promover campanhas de divulgação e sensibilização dos valores da biodiversidade
Manter uma politica de abastecimento que elimine ou evite a aquisição de madeiras a partir de fontes que violem as regras do Forest Stewardship Council ©, nomeadamente no que diz respeito à exploração ilegal de madeiras sem atentar ao valor da biodiversidade, ou proveniente de regiões onde os direitos civis são violados.

A atividade de gestão florestal corrente e este compromisso materializou-se na assinatura do protocolo Business and Biodiversity entre a Altri e o Instituto para a Conservação da Natureza e da Biodiversidade (ICNB).

Proteção da floresta

A floresta é um conjunto biológico sobre o qual impendem várias ameaças, das quais os incêndios florestais são uma das principais.


Para reduzir a dimensão desta ameaça, os principais proprietários florestais portugueses (Altri e Navigator) criaram a Afocelca, empresa que pretende minimizar os prejuízos resultantes dos incêndios florestais, através da criação de uma estrutura mais eficiente e dotada de maior flexibilidade na vigilância, alerta e apoio no combate aos incêndios florestais.


A estratégia de combate aos incêndios florestais assenta em quatro critérios técnicos:







Tempos de chegada:

com o objetivo de controlar os incêndios na etapa nascente, deve-se atuar de forma que as unidades cheguem ao foco do incêndio no menor tempo possível independentemente da dimensão da brigada e/ou meio de mobilização.

Ataque inicial em massa (golpe único):

consiste em fazer atuar todos os meios necessários para assegurar o controlo e total extinção dos fogos no primeiro ataque e quando estes ainda se encontram no início.

Dano material:

com o objetivo de dar prioridade às propriedades de maior valor e perante a simultaneidade dos factos dos fogos, é determinante o valor comercial das plantações, madeiras e outros bens ameaçados.

Perigo potencial:

no mesmo sentido são determinantes as probabilidades de propagação do incêndio, para a avaliação das quais se consideram, entre outros fatores, a topografia, o declive do terreno, o vento, os combustíveis e a vegetação em perigo.